O primeiro livro de poesia de Yara Nakahanda Monteiro
tem passado e futuro, memórias e sonhos.
«Eis uma nova voz que importa descobrir - e que veio para ficar.»
José Eduardo Agualusa
«Trineta da escravatura, bisneta da mestiçagem, neta da independência e filha da diáspora», Yara Nakahanda Monteiro (Huambo, 1979) estreia-se na poesia com um registo íntimo, tateando nas palavras a essência da condição feminina, da natureza, da identidade e da pertença, das memórias e dos sonhos.
Tranço o cabelo
dizem
quero parecer mais preta
Faço brushing
dizem
quero parecer …
«Aquilo que é interessante salientar é a enorme riqueza da história contemporânea de Portugal, a complexidade das suas relações com a Europa, o seu posicionamento único na charneira de vários mundos, entre os quais sempre lançou pontes e estabeleceu cruzamentos, como se a pulsão do universal fosse sempre mais forte do que os seus limites geográficos. Este relato também põe a nu a dificuldade colectiva persistente de empreender reformas e de realizar opções estratégicas consistentes. Aliás, também é surpreendente observar a capacidade de resiliência dos Portugueses, a sua maneira única de combinar resignação e revolta, motivação e recusa, decepção …
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